Vejamos algumas curiosidades sobre nosso general:

1 - Senhor Ramon, como foi sentir a experiência de ter seu próprio comando?

Resposta: Quem me conhece sabe da vontade que sempre tive de estar à frente da instituição. Após 9 anos de serviços prestados em prol do Exército Brasileiro sentia que este seria o momento, não visava outro resultado. Infelizmente não foi da forma como esperava, mas o momento concretizou-se. É uma sensação indescritível, costumo dizer que só passando pelo mesmo para entender.

2 - Como todos na vida temos que escolher algumas coisas meio complicada na vida, qual foi a escolha mais dura ou talvez mais boa que o senhor teve que tomar dentro do nosso Exército?

Resposta: De longe, a decisão de encarar essa nova jornada, este novo momento. Sair de um padrão monótono imposto há quase 12 anos não é fácil. Claro que eu não estaria aqui se não fosse o apoio de todos vocês, onde sou eternamente grato.

3 - Como General de Exército, o senhor é exemplo pra muitos praças. Tem algum detalhe que gostaria de ver na maioria dos praças?

Resposta: Procuro sempre trabalhar e prezar pela imparcialidade de nossos militares. O saber separar pessoal/profissional foi algo falho por anos nas instituições e não gostaria de ver o mesmo durante minha estadia. Adjunto a isso acrescento o que não se pode cobrar: o apreço pela instituição. Algo fundamental para alguém que almeja bons resultados aqui dentro.

4 - Qual a maior preocupação sobre o exército que o senhor tem que tenha feito o senhor amanhecer algum dia?

Resposta: Não digo que preocupação, mas sim o comprometimento de quando houveram as mudanças, não só eu, mas os demais oficiais e ex-oficiais (já aposentados) tivemos principalmente para montar os quartos, compras de mobis, organização interna e etc. Algo muito trabalhado para darmos o máximo de conforto a todos vocês.

5 - Diga 3 palavras que o senhor identifique o exército (Ex: Organização, vida, hobbie...)

Resposta: Comprometimento, honestidade e integralidade.

6 - O que o senhor mais preza que há dentro do quartel?

Resposta: Não só dentro, mas fora do Quartel General também: o respeito. Como citei, quando começamos a trabalhar nosso lado profissional, embora as cabeças não se batem, termos o respeito perante um colega de trabalho se torna fundamental.

7 - Quais são os 3 grupos que tenham aparecido na história do exército que o senhor mais gostou? Um que não tenha atualmente ou que tenha, 3 favoritos.

Resposta: Particularmente gostei demais de estar à frente de grupos como Comandos, Cavalaria e Diário Habbo. São grupos imparáveis e com potenciais enormes para continuarem progredindo.

8 - Existe algum projeto em prol a universidade que tenha sido criativa demais que o senhor tenha criado a ponto do senhor não querer contar pra ninguém ou talvez nem tentar fazer funcionar?

Resposta: Não, alguns projetos que passaram por mim sempre foram apresentados logo após sua “criação”. Nunca liguei para quem estava na liderança do que ou aquilo, sempre visei e continuo visando o progresso da instrução.

9 - Uma mensagem que o senhor gostaria de dizer para todos?

Resposta: É meio clichê, mas faz sentido. O famoso “não desistir do que realmente almeja”. Passei por reprovação em AMAN, posteriormente reprovação em observação, já me demiti como Capitão e retornei, me aposentei como Coronel e retornei seis meses depois como praça ativo. Se realmente pensam em alcançar algo aqui dentro, lutem por isso. Uma hora a sorte chega!

10 - E pra encerrar, quais eram suas expectativas quando se alistou e quando foi aprovado ao corpo de oficiais?

Resposta: Desde o primeiro alistamento em meados de 2011 sempre me imaginei comandando esta instituição, apesar de que um pensamento bem distante. Após a minha aposentadoria como Coronel em 11/2016, realmente achei que ficaria por isso mesmo, mas sempre nos surpreendemos. Após seis meses, cá estava eu novamente, dessa vez como praça ativo. Passei por tudo novamente, sem pressa e conquistando meu espaço aos poucos. Sempre, mas sempre com um só objetivo: tornar-me General-de-Exército.

Muitos não sabiam sobre tudo isso. Por fim, ele quer o bem de todos e o futuro da instituição.